Autor Tópico: Campo de concentração - Dachau / Alemanha  (Lida 19163 vezes)

Marcelo.S.

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Online: 05 de Dezembro de 2008, 19:09:47
O fato de ter vindo para Alemanha me fez ler bastante sobre guerra, nazismo, judeus, holocausto.
Há alguns meses visitei um campo de concentração aqui na Alemanha, em Dachau.
É muito diferente ler sobre o assunto e estar lá. O choque foi grande, a sensação é de revolta, raiva.

As fotos são somente registros, a inspiração fotográfica na hora foi drasticamente reduzida devido ao conteúdo da visita.

No portão principal está escrito Arbeit macht Frei (O trabalho liberta). Essas palavras misturam horror, raiva e tristeza, pois o trabalho realmente liberta. Só que foi escrita de uma forma totalmente irônica e assassina que enganou muita gente lá de dentro.




(Estourei justamente para eliminar o fundo)

Aliás tudo foi feito/construído/realizado de uma forma a provocar, trazer raiva aos presos. Era uma forma de gerar conflitos internos para os presos não se rebelarem em conjunto.

No total 6 milhoes de pessoas morreram. Em Dachau, mais de 32.000.
Hoje existem somente alguns poucos blocos contando a história e expondo fotos da época.

Na hora de ir embora saímos mudos, calados, olhando para o chão.

A única pergunta que ficou: Porquê?

Cartazes da época:
“Nossa última esperança: Hitler”



“Os inimigos dos democratas”





Cada alojamento, onde cabiam 208 prisioneiros, chegou a abrigar 1.600!


Banheiro para 1.600 prisioneiros:



Imaginem os presos entrando em uma sala enorme pensando que iriam tomar banho coletivo??
Inicialmente, câmera de desinfecção (as roupas eram reaproveitadas):


Entrada para ducha...


...que na verdade era a câmera de gás. Consta porém que nunca foi usada (?)





Sala utilizada para “acomodar” os corpos antes de irem para o crematório:
 


Foto da mesma sala tirada na época:




Crematório: Fornos usados para queimar os corpos:








Corpos encontrados pelos aliados na frente do crematório no dia da libertação, 29 de abril de 1945:




Monumento em memória aos mais de 32.000 prisioneiros mortos em Dachau, na maioria judeus:





_______________________________________________________________ ___________
Os próximos textos foram tirados de vários sites da Internet:

Dachau chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de trinta países e, a partir de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas. Muitas outras pessoas pereceram em virtude das condições do campo. O campo chegou a possuir uma câmara de gás, mas esta não chegou a ser usada.


É o mais antigo campo de concentração  de todos, tendo sido erigido em 23 de março de 1933, menos de dois meses, portanto, desde a tomada de poder pelos nazistas. Inicialmente serviu para isolar opositores do Partido Nacional Socialista, clérigos, elementos ‘indesejáveis’ e, naturalmente, judeus. Em Novembro de 1938, após a Kristallnacht, 10.000 judeus foram internados lá. Construído para receber 5.000 prisioneiros, logo se tornou pequeno com o aumento da selvageria nazista e foi ampliado pelo trabalho escravo dos próprios prisioneiros. Até a libertação em 29 de abril de 1945, foram registrados 206.000 prisioneiros, mas muitos nunca eram registrados, portanto os números corretos não são conhecidos.

De acordo com os registros, 31.591 prisioneiros morreram, mas milhares de outros foram fuzilados sem constar dos registros. As câmaras de gás nunca foram usadas, pois os prisioneiros que sofreram tal destino (3.166 só entre 42 e 44) foram transferidos para o Schloss Hartheim, na Áustria. 6.000 prisioneiros de guerra russos foram executados; 7.500 de outras nacionalidades. A maioria foi cremada, os últimos 1.230 foram enterrados no Waldfriedhof, o cemitério da cidade de Dachau. Foram realizadas ‘experiências científicas’ (pobre ciência, teu nome serve para tudo!) de exposição ao frio e congelamento, e altas pressões por um tal Dr Sigmund Rascher, do círculo íntimo do Reichsführer Himmler e posteriormente executado por cair em desgraça, enquanto um outro, Prof Schilling inoculava malária e fazia outras experiências bioquímicas. Quase todas acabavam na morte da ‘cobaia’, de preferência selecionada entre os prisioneiros judeus e eslavos.

Após rumores se espalharem pelo campo em relação a uma directiva de Heinrich Himmler de executar todos os prisioneiros, um dos presos mais célebres do campo, Oskar Müller enviou mensageiros até o exército norte-americano para que estes dispersassem o campo. A 28 de Abril, um alto comissário da Cruz Vermelha, Victor Mauer, tentou convencer o último comandante do campo, Heinrich Wicker a se render. Wicker decidiu antes evacuar a maioria dos guardas SS.

No dia seguinte, a 29 de abril de 1945 a 42ª Divisão de Infantaria do Exército Americano foi comissionada de libertar o campo de concentração. A primeira visão que os soldados tiverem, ao chegar ao campo, foi de centenas de mortos, empilhados, junto a um comboio de 39 carruagens. Segundo se consta, os mortos estavam lá há dias (alguns já em avançado estado de decomposição). Tinham sido evacuados apressadamente de outro campo de concentração, Buchenwald e a maioria morreu à fome durante a viagem.
Os soldados, totalmente em estado de choque com a visão, tomaram para eles o lema "Take no Prisoners" (Não fazer prisoneiros) e começaram a executar os primeiros SS que encontraram. Há vários registos de execuções, na maioria, actos de vingança individuais de soldados e até de alguns prisoneiros, que atacaram os seus antigos opressores.

A situação durou apenas alguns minutos; o Tenente da Companhia, Felix Sparks, rapidamente tentou controlar a situação, de modo a evitar um banho de sangue desnecessário. Ao todo, morreram cerca de 50 SS's (entre a tomada do campo e as já referidas execuções). Foram levados cativos cerca de duas centenas de guardas.

As execuções de Dachau levou alguns militares da 42ª Divisão a tribunal marcial, acabando todos ilibados.
Após a libertação do campo, os 32.000 prisoneiros que lá se encontravam saíram num espaço de 6 semanas. Durante essa altura, formou-se um Comité de Prisoneiros, que funcionando como um Governo, se encarregou de evitar fugas de prisioneiros e melhorar as condições dos campos.

A libertação dos prisoneiros foi morosa: além dos habituais problemas de sub-nutrição e dificuldades em arranjar transporte dos presos para o seu país natal; havia uma epidemia de Febre Tifóide que dizimou milhares de presos. Como tal, de modo a evitar uma pandemia europeia, foram curados e vacinados todos os presos.

A partir de 1948, o campo de Dachau foi usado como campo de refugiados, situação que demorou até cerca da década de 60, onde se erigiu o Memorial que hoje existe.

Dachau é célebre, não só por ter sido um dos maiores campos de concentração nazis, mas também por ter sido o primeiro a ser construído no regime hitleriano (foi construído cerca de 6 semanas após Hitler tomar o poder).

Para quem se interessar, o site oficial de Dachau:
http://www.kz-gedenkstaette-dachau.de/englisch/content/
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Claudio Rombauer

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Resposta #1 Online: 05 de Dezembro de 2008, 19:27:13
realmente impressionante.
imagino como complicado deve ser fotografar isso, devido à forte carga emocional que existe.


wdantas

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Resposta #2 Online: 05 de Dezembro de 2008, 20:08:16
Marcelo, nunca estive em nenhum lugar tão triste onde se praticaram perversidades atrozes com os semelhantes, mas me parece que nestes lugares por mais que o tempo passe, sempre haverá um clima de agonia e tristeza, eco dos que sofreram e pereceram lá. É isso que seu registro fotográfico me passa.

abraço


Guigo_Mr

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Resposta #3 Online: 05 de Dezembro de 2008, 20:51:27
Realmente é de perguntar : Por que ?

Impressionante como é forte... chega a dar uma reviravolta dentro da gente; sei que não se faz necessário entrar em profundidade filosófica.

Poucas fotos são suficientes pra impactar e pensar em amar e compreender mais as pessoas começando já no final de semana já que sempre dá pra sermos melhores.

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Guigo_Mr

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Resposta #4 Online: 05 de Dezembro de 2008, 20:51:57
Ops... até esqueci de elogiar pelas fotos.
 ;)


Kika Salem

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Resposta #5 Online: 06 de Dezembro de 2008, 00:33:14
Olá Marcelo!
Obrigada por partilhar a sua visita ao campo de concentração de Dachau. É muito diferente ouvir sua professora de história contando como ocorreu as atrocidades do nazismo da experiência de visitar esses locais e sentir a energia deles. Tive uma sensação semelhante ao visitar alguns lugares em Berlim, mas não tive a oportunidade de visitar nenhum campo de concentração.
Por esses muito mais é que eu fico revoltada quando vejo adolescentes utilizarem-se de símbolos do nazismo para afirmarem uma identidade ou coisa do gênero e mais indignada ainda quando vejo pessoas dizerem que o holocausto foi uma invenção, que o número de mortos é uma criação e que campos de concentração não existiram. Haja paciência!!! Piora a situação quando essas mesmas pessoas encontram-se em cursos de graduação de história. Hoje existe um número muito expressivo de jovens que se denominam neonazistas, sem saber muito bem o que é isso nem como lidar com a experiência passada, nos cursos de graduação em história, o que, por si, parece-me uma contradição. Mas enfim...
Valeu pelas fotos!


Marcelo.S.

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Resposta #6 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:03:24
realmente impressionante.
imagino como complicado deve ser fotografar isso, devido à forte carga emocional que existe.


Complicado Claudio,
depois de tantas fotos, textos, passagens e experiências que vc lê, sai de lá realmente acabado.
Lembro que fomos para o carro sem falar nada e nem comentamos muito depois sobre o que vimos.

Realmente é forte. Tem gente que recebe as informacoes numa boa.
Eu fiquei realmente arrasado. Acho que nunca trabalharia como fotógrafo de guerra ou até jornalístico, desses que vao para morros, tiroteios, etc.

Prefiro fotografar meus filhos...

Abraco! :ok:
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Marcelo.S.

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Resposta #7 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:07:48
Marcelo, nunca estive em nenhum lugar tão triste onde se praticaram perversidades atrozes com os semelhantes, mas me parece que nestes lugares por mais que o tempo passe, sempre haverá um clima de agonia e tristeza, eco dos que sofreram e pereceram lá. É isso que seu registro fotográfico me passa.

abraço

É bem isso mesmo que vc falou Wellington, agonia e tristeza.
O pessoal dessa geracao ainda sofre muito. Há um tempo colocaram um boneco de cera do Hitler em um museu e teve um cara que viveu em campo de concentracao que nao aguentou, foi lá e quebrou a cabeca dele.
Entendo isso, foram famílias e famílias desfeitas...
Enfim, obra do ser humano.  :(

Abraco! :ok:
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Carrieri

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Resposta #8 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:11:59
Marcelo, primeiramente, obrigado por partilhar conosco, não só os registros fotográficos, mas também a história do lugar. Somente através do conhecimento, poderemos criar nossos filhos num ambiente de paz e tolerancia, para quem sabe, num futuro próximo, de alguma forma, tornar a terra um lugar agradável de viver, longe de mesquinharias, intolerancia e perversidades. Ótimas fotos. Parabéns.


               Nikon D600 + 24/70 F 2.8 + 70/200 F 2.8 + SB910


Marcelo.S.

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Resposta #9 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:15:46
Realmente é de perguntar : Por que ?

Impressionante como é forte... chega a dar uma reviravolta dentro da gente; sei que não se faz necessário entrar em profundidade filosófica.

Poucas fotos são suficientes pra impactar e pensar em amar e compreender mais as pessoas começando já no final de semana já que sempre dá pra sermos melhores.

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Pois é Guigo,
que sirva de licao para as próximas geracoes.
Porém quando se vê por exemplo o que aconte entre a Índia e o Paquistão, fica difícil acreditar em um futuro melhor...
Tudo o que desejo é um futuro melhor para nossos filhos :)

Abraco! :ok:
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Resposta #10 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:33:35
Olá Marcelo!
Obrigada por partilhar a sua visita ao campo de concentração de Dachau. É muito diferente ouvir sua professora de história contando como ocorreu as atrocidades do nazismo da experiência de visitar esses locais e sentir a energia deles. Tive uma sensação semelhante ao visitar alguns lugares em Berlim, mas não tive a oportunidade de visitar nenhum campo de concentração.
Por esses muito mais é que eu fico revoltada quando vejo adolescentes utilizarem-se de símbolos do nazismo para afirmarem uma identidade ou coisa do gênero e mais indignada ainda quando vejo pessoas dizerem que o holocausto foi uma invenção, que o número de mortos é uma criação e que campos de concentração não existiram. Haja paciência!!! Piora a situação quando essas mesmas pessoas encontram-se em cursos de graduação de história. Hoje existe um número muito expressivo de jovens que se denominam neonazistas, sem saber muito bem o que é isso nem como lidar com a experiência passada, nos cursos de graduação em história, o que, por si, parece-me uma contradição. Mas enfim...
Valeu pelas fotos!


Desinformacao existe em todo lugar, Kika.
Realmente é triste como esse povo pensa. Nao imaginam nem o mínimo de tudo que aconteceu. E o pior, nao viveram na época.
E ainda defendem e proliferam o que acreditam. Meras marionetes.
Como vc disse: Mas enfim...
Um abraco! :ok:
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Marcelo.S.

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Resposta #11 Online: 08 de Dezembro de 2008, 10:39:10
Marcelo, primeiramente, obrigado por partilhar conosco, não só os registros fotográficos, mas também a história do lugar. Somente através do conhecimento, poderemos criar nossos filhos num ambiente de paz e tolerancia, para quem sabe, num futuro próximo, de alguma forma, tornar a terra um lugar agradável de viver, longe de mesquinharias, intolerancia e perversidades. Ótimas fotos. Parabéns.

Obrigado Carrieri,
É o que falta no mundo: Educacao.
Para mim é a base de um país. A partir do momento que as pessoas sao educadas (tanto em casa quanto na formacao), todas as outras atitudes vem automaticamente.
O problema é que a questao social no mundo vem caindo, com isso também cai a educacao.
Só nao sei aonde vai parar...

Um abraco! :ok:
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guigui

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Resposta #12 Online: 08 de Dezembro de 2008, 11:37:24
Marcelo, também estive em Dachau nos anos 90, e tive as mesmas emoções que você. Fui no inverno, é ainda mais deprimente. É um lugar muito forte realmente, uma coisa que a gente não vai esquecer nunca mais. Lembro que na época que fui havia uma discussão de se demolir o local e deixar apenas as capelas de várias religiões que estão ali... a questão era : o que é melhor? Demolir e tentar esquecer este trite capítulo da história da humanidade, ou deixar ali para relembrar o que jamais deveria ter acontecido? É mesmo uma coisa `a se pensar. Mas , pessoalmente, acho que se deve manter, sim. Visitar este lugar nos faz crescer por dentro, a gente vê um lado negro que uma pessoa pode ter , e como isso pode ser devastador.
Suas fotos estão lindas,, vc conseguiu capturar aquele silêncio sufocante do lugar, a frieza...
Lembro que na entrada, onde há algumas peças como as roupas que os presos usavam , havia tb uma tabela com o que era publicado que eles comiam, e outra com a realidade. Também fotos do Dr. Josef Menguele, que depois fugiu para o Brasil, fazia experiências com os não-arianos, injetando tinta azul nos olhos deles para ver se podiam modificar a " raça" . De uma crueldade sem fim.


B.Gomes

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Resposta #13 Online: 08 de Dezembro de 2008, 12:33:43
Ótimas fotos de uma coisa abominável. Realmente não deve ser nada fácil entrar nesses locais...

Mas as fotos estão muito boas, gostei bastante.


Naiberg

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Resposta #14 Online: 08 de Dezembro de 2008, 12:34:20
Parabéns Marcelo. Sem palavras.
Abs
Fernando Naiberg